Neville D’Almeida intitulou de “O Poder Negro” um trecho de seu primeiro longa, “Jardim de Guerra” (1968), que decidiu selecionar e isolar enquanto um curta-metragem. No momento em questão, um personagem sem nome, interpretado por Antônio Pitanga, entoa um poderoso monólogo (oriundo do roteiro da parceria D’Almeida-Jorge Mautner) sobre a violência secular existente na questão racial brasileira, cujas reverberações jamais deixaram de se fazer presentes nas construções sociais do passado e do presente.