Cartas de Arapuca traça um percurso de bicicleta pelas veredas e estradas da cidade do Conde, na Paraíba. No fluxo, dimensiona muros e guaritas que dão contorno à exploração imobiliária. Ao aproximar do turismo, enseja uma conexão com documentos do Conde da década de 70, que retomam paisagens das lutas de pescadores e agricultores pela permanência na terra. Na companhia de siris e formigas, o filme-carta inventa um mundo com as imagens, desviando do roteiro para acionar processos criativos por meio de brincadeiras que abrem a câmera ao acaso.