E hoje, tem o quê? Nada!
Lá o povo amanhecia e ia pra sua ilha. E aqui? Nada!
Da riqueza fomos pra pobreza. A gente não cria nada.
Achava que aquilo não ia acontecer não. Foi difícil pra todo mundo. Tanto chorava o grande, como chorava
o pequeno. Rezando e chorando.
Eu vi minha família definhar. Aos pouquinhos, roubaram a gana, a vida.
Ela cortou os pulsos.
Ela, veneno.
Uma colega muito pra frente, 15 Diazepam, aí inchou.
Ela, remédio.
Ela pulou da torre. Duas vezes.
Um amigo: veneno. Após veneno, simplesmente colocou a corda no pescoço e, e, e... Não tem explicação.
Cheguei a tomar. 12 envelopes. Cada comprimido 850g.
Continuo tomando. Quatro anos. Viciada. Não consigo. Minha irmã tomou, melhora uma, outra adoece. Já
é, comigo, o quarto na família.
Vamos voltar pra trás para a água levar nós também.
Dormir. Morrer.